- Monóxido de Carbono: principal poluente nos grandes centros urbanos, ocorre normalmente pela queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel), afetando a atividade respiratória dos humanos;
- Dióxido de Carbono: contribui para o efeito estufa e seu aumento na atmosfera também está ligado a queima de combustíveis fósseis;
- Eutrofização: ocorre quando o ambiente aquático é enriquecido com itens de origem orgânica (compostos nitrogenados e fosforados), assim esses nutrientes favorecem a rápida disseminação de microorganismos decompositores que diminuem o teor de O2 é bastante reduzido (afetando principalmente os peixes);
- Pesticidas/metais pesados: esses compostos ajudam a diversas explorações do homem (agricultura e extração de minerais) e seu principal problema reside no abuso/mau uso desses compostos, o que acaba poluindo o meio ambiente, sempre que possível devemos substituir o uso desses compostos;
- Petróleo: A exploração de petróleo geralmente ocorre em plataformas em meio ao mar, vários casos de derramamento de petróleo durante seu transporte têm sido relatados, esses casos afetam toda a comunidade biológica das áreas atingidas;
- Detergentes: os detergentes jogados indistintivamentes nas águas causam uma redução da penetração de luz, o que afeta os organismos aquáticos (principalmente as algas e conseqüentemente os peixes que se alimentam delas);
- Queimadas: Este último item talvez seja um dos mais sérios a ser discutido. Quando surgiu a idéia dos créditos de carbono, o Brasil considerava-se um dos grandes países que seria beneficiado, porém isto não ocorreu, devido as grandes queimadas em nossas matas e cerrados (destroem as boas características do solo, afeta a respiração humana, provoca imigração de toda a fauna…). Este é um dos principais desequilíbrios ambientais do país e com afinco deve ser combatido.
Desmatamento de Florestas
O desrespeito e a depredação
da natureza provocam consequências desastrosas. A destruição de florestas e o aquecimento global propiciam a propagação de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e a malária. Ao invadir florestas o homem entrou em contato com vírus que não conhecia, como o HIV da aids, que espalhou-se pelo mundo a partir da caça de chimpanzés na selva africana. Na Europa, EUA e em várias partes do mundo, florestas foram devastadas em nome do próprio progresso, para dar lugar a plantações, pastos, cidades, indústrias, usinas, estradas, etc. |
Quatro dos biomas mais ricos do planeta estão no Brasil: Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia e Pantanal. Infelizmente, correm sérios riscos. A Mata Atlântica se desenvolve ao longo da costa brasileira, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte. Ela guarda cerca de 7% de sua extensão original e o Cerrado possui apenas 20% de sua área ainda intocados. Estas duas áreas são consideradas hotspots, isto é, áreas prioritárias para conservação, de rica biodiversidade e ameaçada no mais alto grau. A implantação de corredores de biodiversidade é a principal estratégia empregada pela ONG CI-Brasil para direcionar as ações de conservação nos Hotspots e nas Grandes Regiões Naturais.
Nascentes de águas que abastecem vários estados brasileiros estão na Na Mata Atlântica.
O Cerrado abriga a mais rica savana do mundo, com grande biodiversidade, e recursos hídricos valiosos para o Brasil. Nas suas chapadas estão as nascentes dos principais rios das bacias Amazônica, do Prata e do São Francisco.
O Brasil abriga os biomas (comunidades biológicas) Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica, Pampa (Campos Sulinos) e Costeiros, 49 ecorregiões, já classificadas, e incalculáveis ecossistemas.
Consulte http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/home.htm .
No mundo inteiro, cerca de 13 milhões de hectares de florestas são perdidos todos os anos, principalmente na América do Sul e África. O Brasil foi o país onde mais se devastaram florestas entre 2000 e 2005. (FAO)
formas de desequilíbrios ambientais
Muitos desequilíbrios ambientais, verificados nos mais diversos ecossistemas, ocorrem de maneira natural, independente da preservação do ser humano.
As erupções vulcânicas, por exemplo, podem eliminar no meio ambiente quantidades significativas de cinzas e de lava, capazes de eliminar parcial ou totalmente inúmeras formas de vida instaladas em suas proximidades. Incêndios também podem ocorrer naturalmente, devastando a cobertura vegetal de uma região e comprometendo a fertilidade do solo, entre outras consequências.
Mas, a interferência humana na natureza, especialmente nas últimas décadas, tem provocado muitos e variados casos de desequilíbrio dos seres vivos nos mais naturais como o solo, a áqua e o ar.
Às alterações ambientais advindas das atividades humanas costuma-se aplicar o termo poluição. Mas, de maneira geral, a poluição pode ser considerada como qualquer mudança nas propriedades físicas, químicas ou biológicas de um determinado ecossistema, ocasionada ou não pela ação humana e que acarreta prejuízos ao desenvolvimento das populções ou causa desfiguração na natureza.
Rio Amazonas sofre desequilíbrio ambiental
A substituição da Floresta Amazônica por cultivos agrícolas e pastagens está afetando um de seus mais preciosos bens: o Rio Amazonas. A bacia hidrográfica que representa uma das maiores reservas de água doce do planeta já apresenta em alguns pontos níveis alterados de substâncias como nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio.
Estudo apresentado ontem no último dia da III Conferência Científica do LBA - o Experimento em Grande Escala da Biosfera-Atmosfera da Amazônia - revela que a destruição da floresta afeta a composição biogeoquímica do Rio Amazonas, ao menos em sua parte central, o que pode provocar alterações sérias em sua biodiversidade.
- Um dos primeiros resultados surpreendentes de nosso estudo é que existe uma interação muito grande entre o rio e o uso do solo - explicou o principal autor do estudo, Reynaldo Victoria, da Universidade de São Paulo (USP).
Mata já perdeu parte de sua riqueza
Em muitos lugares, regiões que contavam com até 506 diferentes espécies vegetais, ficam com menos de 40 depois das queimadas. Além disso, a maior parte do rio corre na sombra da mata. A retirada das matas das margens do rio faz cair drasticamente os níveis de nitrogênio das águas porque a vegetação é um dos maiores reservatórios deste elemento. Em contrapartida, faz aumentar as concentrações de fósforo, cálcio, magnésio e potássio nas águas.
- Isso altera as espécies que vivem no rio, sua biodiversidade, e o próprio metabolismo do rio - sustenta Reynaldo Victória.
Árvores das margens precisam de proteção
Outro problema, segundo o pesquisador, também está relacionado ao fato de, em condições normais, a maior parte do rio correr na sombra da mata. A retirada da floresta altera os níveis de luz solar recebidos, o que tem uma influência direta sobre as formas de vida aquáticas.
- Acho importante tentarmos controlar esse processo antes de chegarmos aos níveis do Rio Tietê, em São Paulo, em termos de biodiversidade e poluição - alertou Victória. - Se os fazendeiros ao menos seguissem a lei e mantivessem as matas ciliares (nas margens dos rios), isso já ajudaria a resolver 90% do problema.
A preservação das águas do Amazonas é fundamental para o país, de acordo com especialistas. Se o Brasil tem cerca de 20% das reservas de água doce do mundo - o que o coloca numa posição extremamente privilegiada no mundo - isso se deve em grande parte ao Amazonas e seus afluentes.
O estudo revelou ainda que as águas do Amazonas estão saturadas de dióxido de carbono (CO2), sobretudo devido à decomposição de matéria orgânica.
- O rio respira - sustentou o pesquisador.
De acordo com ele, enquanto a floresta absorve cerca de uma tonelada de carbono por hectare ao ano - um verdadeiro serviço de faxina - aproximadamente o mesmo volume é lançado de volta na atmosfera pelo rio.
Agricultura e indústrias na mata
Cientistas propõem novas formas para desenvolver a Amazônia
Brasília. A única forma possível de preservar a Floresta Amazônica na avaliação de especialistas reunidos em Brasília para a III Conferência Científica do LBA, que terminou ontem, é a ocupação sustentável da mata. Os cientistas acreditam que a agricultura, a exploração de madeira e até a industrialização podem ser benéficas à floresta, desde que bem gerenciadas.
- É possível conciliar produção agrícola e floresta - afirmou Daniel Nepstad, do Woods Hole Research Center, nos Estados Unidos. - O grande desafio é identificar as áreas que devem ser excluídas da expansão agrícola seja pela alta biodiversidade, por conter,terras indígenas ou pela fragilidade dos solos.
Para Michael Keller, da Forest Service University, nos EUA, a Amazônia representa o futuro da agricultura mundial e, por isso mesmo, a prática deveria ser gerenciada de maneira intensiva e sustentável.
- A população mundial vai crescer e precisamos ter mais comida - lembrou Keller. - Uma parte desses alimentos pode ser produzida na Amazônia.
Para Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a saída pode ser a ocupação intensiva das áreas desmatadas, que somam 615 mil quilômetros quadrados.
- A área aberta é maior do que a França, pode ter uma produtividade absurdamente alta firmou. - Do ponto de vista da tecnologia moderna é possível. Só não podemos é cair mais uma vez na armadilha da monocultura (no caso, a soja), como já fizemos tantas vezes.
Keller lembra que até a extração de madeira pode ser feita de forma sustentável.
- Há formas de exploração de madeira de impacto reduzido que geram o mesmo lucro e causam metade dos danos - lembrou o americano.
Já Antônio Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), acredita que a saída possa estar na industrialização.
- O desenvolvimento da Amazônia é a única saída. Mas não o desenvolvimento com gado, madeira e soja, e sim o industrial - disse. (R.J.)
Rio Amazonas sofre desequilíbrio ambiental
Saiba mais sobre o rio
Tamanho: Com aproximadamente 6.280 quilômetros de extensão, o Amazonas é o segundo maior rio do mundo. É menor apenas do que o Rio Nilo, na África.
Volume: O Amazonas é o principal rio do mundo em volume d'água. Diariamente, ele despeja 1,5 trilhão de litros de água no Oceano Atlântico. Com mais de mil tributários, ele responde por pouco menos de 20% de toda a água doce do planeta.
Afluentes: Dezessete tributários do Amazonas possuem mais de 1.600 quilômetros de extensão.
Origem: O rio nasce em território peruano, nas geleiras dos Andes, cinco mil metros acima do nível do mar, e deságua no Oceano Atlântico, num imenso estuário.
Navios: O Amazonas tem um estuário tão largo e profundo que permite a navegação de navios de grande porte.
Importância: Durante a estação chuvosa, a área coberta pelo Amazonas e seus tributários chega a triplicar, alcançando 350 mil quilômetros quadrados. A Bacia Amazônica drena 40% da América do Sul
DESEQUILÍBRIOS AMBIENTAIS
A
atividade humana no meio ambiente provoca vários casos de desequilíbrio
como a poluição por detritos orgânicos e inorgânicos, que provocam
mudanças (químicas, físicas e biológicas) no ambiente. O desequilíbrio
acontece pela alteração na quantidade desses elementos na natureza.
As
principais forma de poluição do meio ambiente (ar, solo e atmosfera)
são devido a: monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2),
dióxido de enxofre (SO2), eutrofização, pesticidas, metais pesados,
petróleo, detergentes e queimadas.-
- Monóxido de Carbono: principal poluente nos grandes centros urbanos, ocorre normalmente pela queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel), afetando a atividade respiratória dos humanos;-
- Dióxido de Carbono: contribui para o efeito estufa e seu aumento na atmosfera também está ligado a queima de combustíveis fósseis;-
- Eutrofização: ocorre quando o ambiente aquático é enriquecido com itens de origem orgânica (compostos nitrogenados e fosforados), assim esses nutrientes favorecem a rápida disseminação de microorganismos decompositores que diminuem o teor de O2 é bastante reduzido (afetando principalmente os peixes);-
- Pesticidas/metais pesados: esses compostos ajudam a diversas explorações do homem (agricultura e extração de minerais) e seu principal problema reside no abuso/mau uso desses compostos, o que acaba poluindo o meio ambiente, sempre que possível devemos substituir o uso desses compostos;-
- Petróleo: A exploração de petróleo geralmente ocorre em plataformas em meio ao mar, vários casos de derramamento de petróleo durante seu transporte têm sido relatados, esses casos afetam toda a comunidade biológica das áreas atingidas;-
- Detergentes: os detergentes jogados indistintivamentes nas águas causam uma redução da penetração de luz, o que afeta os organismos aquáticos (principalmente as algas e conseqüentemente os peixes que se alimentam delas);-
- Queimadas: Este último item talvez seja um dos mais sérios a ser discutido. Quando surgiu a idéia dos créditos de carbono, o Brasil considerava-se um dos grandes países que seria beneficiado, porém isto não ocorreu, devido as grandes queimadas em nossas matas e cerrados (destroem as boas características do solo, afeta a respiração humana, provoca imigração de toda a fauna...). Este é um dos principais desequilíbrios ambientais do país e com afinco deve ser combatido.
Neste último tópico levo em consideração o problema das queimadas, que ainda hoje(10/03/09) eu debati na aula nas turmas de 2ª ano este assunto tão abordado pela mídia mas que ainda as autoridades não tomaram nenhuma medida relevante para solucionar o problema! Ainda hoje descrevi para os alunos a importância do processo de fotossíntese que as plantas realizam para justamente reciclar o o gás carbônico da atmosfera e transforma-lo em O²!! E ai vai a pergunta:
O que vamos fazer se estes seres que realizam este processo maravilhoso forem extintos do planeta??? todo mundo desmata, mas eles conseguem repor o que foi retirado???Vamos refletir sobre isto e ajudar o planeta!!!!!!
Poluição da Água
- pela acumulação de lixos e detritos junto de fontes, poços e cursos de água;
- pelos esgotos domésticos que aldeias, vilas e cidades lançam nos rios ou nos mares;
- pelos resíduos tóxicos que algumas fábricas lançam nos rios;
- pelos produtos químicos que os agricultores utilizam para combater as doenças das suas plantas, e que as águas das chuvas arrastam para os rios e para os lençóis de água existentes no subsolo;
- pela lavagem clandestina, ou seja, não autorizada, de barcos no alto mar, que largam combustível;
- pelos resíduos nucleares radioactivos, depositados no fundo do mar;
- pelos naufrágios dos petroleiros, ou seja, acidentes que causam o derrame de milhares de toneladas de petróleo, sujando as águas e a costa e matam toda a vida marinha – as chamadas marés negras
A poluição das águas tem sido um problema para a nossa sociedade, e é tempo de por fim a todo o custo este assunto. Nestes últimos anos o governo tem tentado ensibilizar a opinião pública para esta situação que tem vindo a agravar-se devido há falta de fundos. Também as indústrias, que cada vez fazem mais poluição sem qualquer medida proteccionista contribuem fortemente para o problema sem qualquer multa por parte do Governo.
Nós neste trabalho vamos falar nas formas de poluição aquática no mundo e e no Brasil. Também vamos falar dos poluentes da água e os seus perigos para a sociedade. Durante um longo período de tempo, a introdução dos poluentes nos oceanos poderá conduzir a uma acumulação de substâncias tóxicas, a longo prazo, disseminando mortandade e contaminação de seres vivos do oceano.
Uma vez chegado a isto, não há hipótese de voltar atrás mas não vamos deixar que isto se alastre para causas muito piores do que aquelas que já existem por isso contamos com a colaboração de toda a sociedade e começar a sensibilizar a sociedade escolar, ou seja, mais os alunos que serão o futuro de amanha para não continuarem a poluir como os nossos antepassados poluíram.
A maior parte dos poluentes atmosféricos reage com o vapor de água na atmosfera e volta à superfície sob a forma de chuvas, contaminando, pela absorção do solo, os lençóis subterrâneos. Nas cidades e regiões agrícolas são lançados diariamente cerca de 10 bilhões de litros de esgoto que poluem rios, lagos, lençóis subterrâneos e áreas de mananciais.
Os oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios, além do lixo dos centros industriais e urbanos localizados no litoral.
O excesso de material orgânico no mar leva à proliferação descontrolada de microrganismos, que acabam por formar as chamadas "marés vermelhas" - que matam peixes e deixam os frutos do mar impróprios para o consumo do homem. Anualmente 1 milhão de toneladas de óleo se espalham pela superfície dos oceanos, formando uma camada compacta que demora para ser absorvida.
Desde há muito que os peritos marinhos e aquáticos argumentam que todos os novos compostos introduzidos no nosso mar e rios deveriam ser considerados potencialmente letais. Eis um testemunho desses peritos:
"No dia seguinte navegávamos sob vento fraco através de um oceano onde a água límpida estava cheia de massas flutuantes e negras de alcatrão, aparentemente sem fim… O Atlântico já não era azul, mas sim cinzento esverdeado e opaco, coberto de coágulos de petróleo que variavam de tamanho, desde a cabeça de um alfinete até às dimensões de uma sanduíche. No meio do lixo, flutuavam garrafas de plástico.
Poderíamos estar num sujo porto citadino… Tornou-se claro para nós que a humanidade estava realmente a poluir a sua mais vital nascente, o indispensável filtro do nosso planeta, o oceano."
Parte da poluição é muito visível: rios espumosos, um brilho oleoso à superfície de um lago, cursos de água atulhados de lixo doméstico (como é o caso do nosso rio Douro). Mas grande parte é invisível. Lagos afectados pelas chuvas ácidas podem ainda parecer muito bonitos mas sem vida.
Infelizmente a agressão ao nosso ambiente aquático não acaba aqui. Nos mares, lagos e rios existe uma enorme diversidade de espécies diferentes muitas das quais fornecem à humanidade muita comida nutritiva. Não existiam ameaças a esta fonte de alimentos antes do séc. XIX. Quando navios maiores e técnicas piscatórias mais eficientes, começaram a provocar um sério desgaste nas populações reprodutoras. Desde a baleia de oceano até ao mais pequeno crustáceo de água doce tem sido dizimado pelo Homem.
A difusão de lixo marítimo de pólo a pólo torna necessária uma vigilância internacional.
Os navios que derramam impunemente petróleo e poluentes químicos na água dos oceanos. Mas embora as descargas e derrames de petróleo no alto mar tenham efeitos locais importantes, estas águas encontram-se livres dos piores efeitos da poluição.
As principais áreas de preocupação são as que se encontram próximo de terra e de aglomerados humanos. É aqui que a poluição se concentra, é também aqui que se encontra a maioria de vida marinha, nas plataformas continentais.
O lixo da sociedade tornou-se uma praga para a vida marinha. As tartarugas marinhas e as baleias ingerem sacos de plástico, que tomam por medusas, provocando-lhe a morte por asfixia. Uma vez, encontrou-se um cachalote com 50 sacos de plásticos entalados na garganta. As aves marinhas ingerem pequenas bolas de polietileno que flutuam à superfície do mar; as aves sentem-se fartas e isso impede-as de se alimentarem adequadamente. Não conseguem engordar e, assim, a sua aptidão para sobreviverem é reduzida.
Nas ilhas Aleutas, no Pacífico Norte, a população de focas tem diminuído 10%, não devido à caça ou à diminuição das reservas de peixes, mas por serem apanhadas por precintas plásticos de embalagem e por tiras plásticas que mantêm unidas as latas de bebidas. Anualmente, um milhão e meio de quilômetros de redes de pesca, de "nylon" (conhecidas por "a cortina da morte"), são lançadas ao mar e cerca de 100 quilômetros de rede acabem por perder-se. Essas "redes - fantasmas" continuam a pescar, sem governo. Capturam e provocam o afogamento de tartarugas marinhas, focas, aves marinhas, golfinhos e baleias. A partir de finais de 1988, deverá ter entrado em vigor um tratado internacional que tornará ilegal o despejo de matérias plásticas ou redes de "nylon" no mar.
A poluição das águas fluviais são, hoje, constantemente agredidas pelo excesso de poluentes derramados e despejados destas águas. Os constantes despejos de esgotos das fábricas e dos centros urbanos estão carregados de substâncias que podem constituir causa séria de poluição como por exemplo: ovos de parasitas, fungos, bactérias, e vírus que ocasionam doenças como tifo, tuberculose, hepatite e cólera.
A poluição marinha se dá principalmente pelo derramamento de petróleo em caso de vazamentos e acidentes com petroleiros.
As grandes formas de poluição aquática
Esgotos pluviais e escoamento urbano - Escoamento de superfícies impermeáveis incluindo ruas, edifícios e outras áreas pavimentadas para esgotos ou tubos antes de descarregarem para águas superficiais.
Industrial
Fábricas de polpa e de papel, fábricas de químicos, fábricas de têxteis, fábricas de produtos alimentares…
Agrícola
Excesso de fertilizantes que vão infiltrar-se no solo e poluir os lençóis de água subterrâneos e por sua vez os rios ou ribeiros onde estes vão dar Extração de recursos Minas… - Modificações hidrológicas Canalizações, construção de barragens…
Fonte: www.ecoambiental.com.br
Poluição da Água
Uma forma comum de poluição das águas é causada pelo lançamento de dejetos humanos nos rios, lagos e mares. Sendo constituídos de matéria orgânica, esses resíduos levam ao aumento da quantidade de nutrientes disponíveis no ambiente, fenômeno denominado eutroficação (do grego eu, bem, bom, e trofos, nutrição). A eutroficação permite grande proliferação de bactérias aeróbicas, que consomem rapidamente todo o oxigênio existente na água. Como conseqüência, a maioria das formas de vida acaba por morrer, inclusive as próprias bactérias. Devido à eutroficação por esgotos humanos, os rios que banham as grandes cidades do mundo tiveram sua flora e fauna destruídas, tornando-se esgotos a céu aberto. O lançamento de esgotos nos rios acarreta, ainda, a propagação de doenças causadas por vermes, bactérias e vírus.
Marés vermelhas
Em alguns casos, a eutroficação pode levar à grande proliferação de dinoflagelados (protistas fotossintetizantes), causando o fenômeno conhecido como maté vermelha, devido à coloração que os dinoflagelados conferem à água. As marés vermelhas causam a morte de milhares de peixes, principalmente porque os dinoflagelados competem com eles pelo oxigênio, além de liberarem substâncias tóxicas na água.
Reaproveitamento dos esgotos
A melhor solução para o problema dos esgotos é seu reaproveitamento. Eles devem ser tratados de modo que os microorganismos sejam mortos, e as impurezas, eliminadas. A água proveniente de esgotos, uma vez removidas as impurezas, pode ser reaproveitada. Os resíduos semi-sólidos, resultantes do tratamento dos esgotos, podem ser utilizados como fertilizantes, enquanto o gás metano, produzido pela putrefação da matéria orgânica, pode ser utilizado como combustível.
O problema dos resíduos industriais e agrícolas
O lançamento de resíduos industriais nas águas e nos solos constitui um sério problema ecológico. Substâncias poluentes, como detergentes, ácido sulfúrico e amônia, envenenam os rios onde são lançados, causando a morte de muitas espécies da comunidade aquática. Outras formas de poulição se caracterizam pelas queimadas e lixo em locais indevidos.Veja as figuras:
Poluição por mercúrio
Um problema que vem atingindo proporções preocupantes em certas regiões brasileiras, particularmente na Amazônia, é o da poluição dos rios pelo mercúrio. Esse metal é utilizado pelos garimpeiros para a separação de ouro de minério bruto. Grandes quantidades de mercúrio, lançadas nas águas dos rios que servem para a lavagem do minério, envenenam e matam diversas formas de vida. Peixes envenenados pelo metal, se consumidos pelo homem. Podem causar sérios danos ao sistema nervoso.
Poluição por fertilizantes e agrotóxicos
O desenvolvimento da agricultura também tem contribuído para a poluição do solo e das águas. Fertilizantes sintéticos e agrotóxicos (inseticidas, fungicidas e herbicidas), usados em quantidades abusivas nas lavouras, poluem o solo e as águas dos rios, onde intoxicam e matam diversos seres vivos dos ecossistemas.
Concentração de inseticidas nas cadeias alimentares
Desde a década de 1940, alguns inseticidas do grupo dos organoclorados, tem sido amplamente utilizados na lavoura.Absorvido pela pele ou nos alimentos, o acúmulo de DDT no organismo humano está relacionado com doenças do fígado, como a cirrose e o câncer. O uso indiscriminado e descontrolado do DDT fez com que o leite humano, em algumas regiões dos EUA chegasse a apresentar mais inseticida do que o permitido por lei no leite de vaca. O DDT, além de outros inseticidas e poluentes, possui a capacidade de se concentrar em organismos.
Ostras, por exemplo, que obtêm alimento por filtração da água, podem acumular quantidades enormes de inseticida em seus corpos, concentrando-o até cerca de 70 mil vezes. Se forem consumidas por animais ou pelo homem, podem causar intoxicação e morte. Em determinados ecossistemas, o DDT é absorvido pelos produtores e consumidores primários, passando para os consumidores secundários, e assim por diante. Como cada organismo de um nível trófico superior geralmente como diversos organismos do nível inferior, o DDT tende a se concentrar nos níveis superiores.
Degradação ambiental A superfície da Terra está em constante processo de transformação e, ao longo de seus 4,5 bilhões de anos, o planeta registra drásticas alterações ambientais. Há milhões de anos, a área do atual deserto do Saara, por exemplo, era ocupada por uma grande floresta e os terrenos que hoje abrigam a floresta amazônica pertenciam ao fundo do mar. As rupturas na crosta terrestre e a deriva dos continentes mudam a posição destes ao longo de milênios. Em conseqüência, seus climas passam por grandes transformações. As quatro glaciações já registradas – quando as calotas polares avançam sobre as regiões temperadas – fazem a temperatura média do planeta cair vários graus.
Essas mudanças, no entanto, são provocadas por fenômenos geológicos e climáticos e podem ser medidas em milhões e até centenas de milhões de anos. Com o surgimento do homem na face da Terra, o ritmo de mudanças acelera-se. AGENTES DO DESEQUILÍBRIO : A escalada do progresso técnico humano pode ser medida pelo seu poder de controlar e transformar a natureza. Quanto mais rápido o desenvolvimento tecnológico, maior o ritmo de alterações provocadas no meio ambiente. Cada nova fonte de energia dominada pelo homem produz determinado tipo de desequilíbrio ecológico e de poluição. A invenção da máquina a vapor, por exemplo, aumenta a procura pelo carvão e acelera o ritmo de desmatamento.
A destilação do petróleo multiplica a emissão de gás carbônico e outros gases na atmosfera. Com a petroquímica, surgem novas matérias-primas e substâncias não-biodegradáveis, como alguns plásticos. Crescimento populacional – O aumento da população mundial ao longo da história exige áreas cada vez maiores para a produção de alimentos e técnicas de cultivo que aumentem a produtividade da terra. Florestas cedem lugar a lavouras e criações, espécies animais e vegetais são domesticadas, muitas extintas e outras, ao perderem seus predadores naturais, multiplicam-se aceleradamente. Produtos químicos não-biodegradáveis, usados para aumentar a produtividade e evitar predadores nas lavouras, matam microrganismos decompositores, insetos e aves, reduzem a fertilidade da terra, poluem os rios e águas subterrâneas e contaminam os alimentos.
A urbanização multiplica esses fatores de desequilíbrio. A grande cidade usa os recursos naturais em escala concentrada, quebra as cadeias naturais de reprodução desses recursos e reduz a capacidade da natureza de construir novas situações de equilíbrio. Economia do desperdício – O estilo de desenvolvimento econômico atual estimula o desperdício. Automóveis, eletrodomésticos, roupas e demais utilidades são planejados para durar pouco. O apelo ao consumo multiplica a extração de recursos naturais: embalagens sofisticadas e produtos descartáveis não-recicláveis nem biodegradáveis aumentam a quantidade de lixo no meio ambiente.
A diferença de riqueza entre as nações contribui para o desequilíbrio ambiental. Nos países pobres, o ritmo de crescimento demográfico e de urbanização não é acompanhado pela expansão da infra-estrutura, principalmente da rede de saneamento básico. Uma boa parcela dos dejetos humanos e do lixo urbano e industrial é lançada sem tratamento na atmosfera, nas águas ou no solo.
A necessidade de aumentar as exportações para sustentar o desenvolvimento interno estimula tanto a extração dos recursos minerais como a expansão da agricultura sobre novas áreas. Cresce o desmatamento e a superexploração da terra. Lixo – Acúmulo de detritos domésticos e industriais não-biodegradáveis na atmosfera, no solo, subsolo e nas águas continentais e marítimas provoca danos ao meio ambiente e doenças nos seres humanos. As substâncias não-biodegradáveis estão presentes em plásticos, produtos de limpeza, tintas e solventes, pesticidas e componentes de produtos eletroeletrônicos.
As fraldas descartáveis demoram mais de cinqüenta anos para se decompor, e os plásticos levam de quatro a cinco séculos. Ao longo do tempo, os mares, oceanos e manguezais vêm servindo de depósito para esses resíduos. Resíduos radiativos – Entre todas as formas de lixo, os resíduos radiativos são os mais perigosos. Substâncias radiativas são usadas como combustível em usinas atômicas de geração de energia elétrica, em motores de submarinos nucleares e em equipamentos médico-hospitalares. Mesmo depois de esgotarem sua capacidade como combustível, não podem ser destruídas e permanecem em atividade durante milhares e até milhões de anos. Despejos no mar e na atmosfera são proibidos desde 1983, mas até hoje não existem formas absolutamente seguras de armazenar essas substâncias. As mais recomendadas são tambores ou recipientes impermeáveis de concreto, à prova de radiação, que devem ser enterrados em áreas geologicamente estáveis.
Essas precauções, no entanto, nem sempre são cumpridas e os vazamentos são freqüentes. Em contato com o meio ambiente, as substâncias radiativas interferem diretamente nos átomos e moléculas que formam os tecidos vivos, provocam alterações genéticas e câncer. Ameaça nuclear – Atualmente existem mais de quatrocentas usinas nucleares em operação no mundo – a maioria no Reino Unido, EUA, França e Leste europeu. Vazamentos ou explosões nos reatores por falhas em seus sistemas de segurança provocam graves acidentes nucleares. O primeiro deles, na usina russa de Tcheliabínski, em setembro de 1957, contamina cerca de 270 mil pessoas.
O mais grave, em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, deixa mais de trinta mortos, centenas de feridos e forma uma nuvem radiativa que se espalha por toda a Europa. O número de pessoas contaminadas é incalculável. No Brasil, um vazamento na Usina de Angra I, no Rio de Janeiro, contamina dois técnicos. Mas o pior acidente com substâncias radiativas registrado no país ocorre em Goiânia, em 1987: o Instituto Goiano de Radioterapia abandona uma cápsula com isótopo de césio-137, usada em equipamento radiológico. Encontrada e aberta por sucateiros, em pouco tempo provoca a morte de quatro pessoas e a contaminação de duzentas. Submarinos nucleares afundados durante a 2a Guerra Mundial também constituem grave ameaça.
O mar Báltico é uma das regiões do planeta que mais concentram esse tipo de sucata. DESERTIFICAÇÃO: Desertificação é o empobrecimento dos ecossistemas áridos, semi-áridos e subúmidos em virtude de atividades humanas predatórias e, em menor grau, de mudanças naturais. Atualmente, 34% (49.384.500 km²) das terras emersas do planeta são propensas à desertificação. As áreas mais afetadas são o oeste da América do Sul, o Nordeste do Brasil, o norte e o sul da África, o Oriente Médio, a Ásia Central, a Austrália e o sudoeste dos Estados Unidos. Desde a primeira Conferência Mundial sobre Desertificação, no Quênia, em 1977, os cientistas têm mostrado que o aumento das regiões áridas do mundo não decorre somente da progressão natural dos desertos , em geral resultado de alterações climáticas e fenômenos tectônicos ao longo de milhares de anos.
Esse alastramento vem sendo provocado principalmente pelo homem, por meio do desmatamento de extensas áreas de floresta; da agropecuária predatória, que emprega técnicas inadequadas de cultivo e pastoreio; e de alguns tipos de mineração, como a extração dos cristais de rocha, que removem a camada superficial do solo. Essas atividades levam à diminuição da cobertura vegetal, ao surgimento de dunas, ao esgotamento dos solos, à perda de água do subsolo, à erosão e ao assoreamento dos rios e lagos. E o problema é agravado pelo efeito estufa , pela chuva ácida e pelo buraco na camada de ozônio. Quando o solo se desertifica, as populações buscam outras terras, onde repetem os mesmos erros cometidos anteriormente. Com isso criam novas áreas desertificadas, num ciclo contínuo. A conseqüência é a migração, que acaba formando cinturões de pobreza ao redor dos centros urbanos.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem atualmente 500 milhões de refugiados ecológicos em todo o mundo, número que deve dobrar até o final da década. Esses refugiados foram obrigados a abandonar suas terras devido à degradação ambiental. A desertificação, a longo prazo, poderá causar uma diminuição drástica das terras férteis, o que, aliado ao aumento da demanda por alimentos, pode levar a um aumento da fome no mundo. Para evitar que isso ocorra, é necessário conter o avanço dos desertos com medidas como o reflorestamento, o controle do movimento das dunas e a rotação de culturas. É possível também controlar a erosão com o plantio em terraços e curvas de nível nos terrenos inclinados e o cultivo direto sobre os restos da cultura anterior, evitando a exposição do solo ao sol, à chuva e ao vento. RECICLAGEM É o processo de transformação de materiais usados em novos produtos.
A reciclagem é empregada na recuperação de uma parte do lixo sólido. Os objetos mais comuns são o papel, latas de alumínio e aço, vidro, plástico e restos de jardim. Uma vez reciclados, esses materiais são reaproveitados, podendo ser encontrados em produtos como livros, fitas de áudio e vídeo, lâmpadas fluorescentes, concreto, bicicletas, baterias e pneus de automóvel. O gerenciamento do lixo sólido por meio da reciclagem, além de ajudar na preservação dos recursos primários existentes na natureza, permite a redução do volume do lixo e a diminuição da poluição do ar e da água. Traz também economia de energia e de água na produção. O papel reciclado, por exemplo, requer cerca de 74% a menos de energia e 50% a menos de água do que o papel obtido de madeira virgem. Por outro lado, a reciclagem pode contribuir para a poluição do ar e da água se os produtos químicos empregados no reprocessamento dos materiais não forem usados de forma apropriada. Os países industrializados são os que mais produzem lixo e também os que mais reciclam.
O Japão reutiliza 50% do seu lixo sólido. Neste país, um dos mais engajados em questões de preservação ambiental, são comuns diversos tipos de reciclagem, como o reaproveitamento da água do chuveiro na privada. Já a Europa Ocidental recupera 30% de seu lixo e os Estados Unidos reciclam 11%. Nesse país, a produção de lixo por pessoa é o dobro da de qualquer outro país: em média 1,5 kg por dia. No final de um ano são 10 bilhões de toneladas de lixo. Nova York é a cidade que mais produz lixo no mundo: uma média diária de 13.000 t. O Brasil e os EUA lideram a reciclagem de latas: reaproveitam cerca de 60% das latas produzidas.
Poluição sonora
Imagem: FIOCRUZ
A poluição sonora consiste de emissão de ondas sonoras que constituam barulho ou ruído e que causem desconforto às atividades normais de raciocínio de uma pessoa. É muito difícil se concentrar e pensar numa situação de desequilíbrio sonoro.
No âmbito da legislação ambiental, voltamos a lei da política nacional do meio ambiente. A poluição em geral é definida no art.3º, III, da Lei 6.938/81, como a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: prejudiquem a saúde, segurança e o bem estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
A poluição sonora ocorre através do ruído que é um som indesejado que agride ao ouvido humano. O limite tolerável ao ouvido humano situa-se em torno de 65 ou70 decibéis. Ruídos acima de 85 ou 90 decibéis podem comprometer o sistema auditivo. Este tipo de poluição vem sendo reconhecida mundialmente como questão de saúde pública, tanto que já integra o Plano Nacional de Saúde Ambiental da Europa que trata da ligação do barulho excessivo à saúde.
A Lei 8.078/90, que trata do consumidor, em seu art. 9º e 10º, proíbe o fornecimento de produtos e serviços que desobedeçam às normas de proteção acústica. A Resolução 008/93 – CONAMA estabelece limites máximos de ruídos a várias espécies de veículos automotores.
Muitos pesquisadores, desde os trabalhos clássicos de Marshall MacLuhan, associam o crescimento da violência com a irritação produzida pela agressão da poluição sonora. A poluição sonora começa produzindo uma forma de “stresss” e depois evolui para patologias diversas e cansaço, quando o indivíduo além de sofrer as conseqüências do excesso de ruído, passa a reagir de forma descontrolada e agressiva.
As principais fontes de poluição sonora são os corredores de tráfego, onde motores, escapamentos, sirenes anti-furto, atividades de britadeiras, pavimentações de rua e buzinas são origens de agressões ao aparelho auditivo.
Áreas de diversão pública, como bares, boates, discotecas, restaurantes e demais instalações sem tratamento acústico adequado, produzem sons e ruídos e intensidade e natureza perturbadoras. Nesta relação se incluem lojas de instalação de som automotivo.
Por último, equipamentos sonoros de brinquedos, academias de ginástica ou mesmo templos religiosos, podem se tornar desagradáveis quando não são protegidos e não respeitam as populações adjacentes.
A poluição sonora é um problema encontrado no mundo inteiro. Mesmo considerando as diferenças culturais entre os países, a forma de controlar a poluição sonora é muito similar a outros eventos de meio ambiente. Em todas as questões ambientais são necessárias ações de persuasão associadas com atividades de dissuasão. As iniciativas de sensibilização do público são as mais importantes.
A literatura em geral ressalta a fala do silêncio com expressões como o “silêncio ensurdecedor”, que todos já encontraram em algum romance. Alberto Vazques Figueroa em seu clássico “Tuareg” exalta que o personagem Gacel Sayad amava o silêncio do deserto que fazia parte de sua personalidade e de sua forma de compreender o mundo. Atahualpa Yupanqui falando sobre a sensação de infinito que o silêncio sobre o pampa trazia, costumava dizer que “el pampa es el cielo al revés”.
Roberto Naime, Professor no Programa de pós-graduação em Qualidade Ambiental, Universidade FEEVALE, Novo Hamburgo – RS, é colunista do EcoDebate.
Poluição do solo
O uso indevido do solo e a má gestão dos resíduos urbanos e rurais.
A poluição do solo, dependendo da magnitude, pode causar malefícios irreparáveis tanto à natureza, que responde lentamente aos processos de reparação, quanto à frágil estrutura corpórea do homem.
Sendo o homem o agente causador, a origem poluidora dos solos pode ser urbana ou rural, refletindo os danos característicos em cada meio de ocupação humana.
Em áreas urbanas o principal problema é a enorme quantidade de lixo lançado sobre a superfície aliada à falta de tratamento.
Detritos domésticos, hospitalares, industriais, dentre outras substância, como produtos químicos derivados do petróleo e chumbo, são despejados na natureza sem o mínimo controle ambiental e sanitário. Além de acumular no ambiente, dependendo da degradabilidade do dejeto, pode interferir organicamente nos níveis tróficos ecológicos.
Nas áreas rurais, a contaminação do solo, ocorre exclusivamente pelo uso inadequado e abusivo de agrotóxicos e fertilizantes. O DDT, inseticida largamente utilizado nas lavouras para eliminar insetos, atualmente proibido em vários países, é uma substância com alta capacidade de retenção no solo e nos tecidos e órgãos dos animais.
Essa substância desencadeia sérios danos à saúde de animais e dos seres humanos, pode causar problemas dermatológicos, hepáticos e até o desenvolvimento de um câncer.
Dessa forma, diante de toda a problemática que envolve a gestão de resíduos urbanos e utilização de defensivos agrícolas, merece esse assunto maior atenção governamental na aplicação e implementação constitucional em defesa da preservação ambiental, bem como a responsabilidade social da população.